Você sabia que a principal função do osso é o de sustentação? Na região bucal, por exemplo, é ele o responsável por segurar e manter os dentes posicionados, juntamente com outras estruturas, como fibras e a própria gengiva. Uma vez que se perde dente, a espessura e altura do osso diminuem, comprometendo a instalação de futuros implantes. Nesses casos, a solução é o enxerto ósseo.
Enxerto ósseo
O cirurgião dentista indica enxerto ósseo para regiões na maxila (arcada superior) ou mandíbula (arcada inferior), principalmente em casos de ausência de dentes com grande perda óssea, com necessidade de implantes e próteses dentárias.
A perda óssea se dá por vários fatores:
- Lesões dentárias;
- Traumas;
- Doenças periodontais (inflamação nas estruturas de sustentação do dente);
- Perda e ausência de dente por longos períodos.
Neste último caso, que é o mais comum de ocorrer, o osso sem função atrofia (diminui de tamanho e largura), se tornando fraco e pouco propenso a se ser uma boa base de sustentação para dentes artificiais (implantes e próteses).
É importante ressaltar que essa perda óssea ocorre em todas as regiões que não possuem mais dente, tanto anterior como posterior. A perda pode ser de dentes individualizados, em grupos ou total.
Procedimento cirúrgico
Enxerto ósseo é um procedimento cirúrgico para reposição e preenchimento de novo osso naquela região com ausência de dentes e que perdeu espessura e altura óssea, visando à instalação de futuros implantes e próteses.
Esse procedimento cirúrgico é feito de 06 a 12 meses antes da instalação do implante, pois é o tempo necessário para que este novo osso cicatrize. Dependendo do caso, e quem define é o profissional implantodontista, o enxerto ósseo pode ser feito na mesma cirurgia da colocação do implante.
Como é feito?
Para o enxerto, o novo osso pode ser removido de uma área óssea do próprio paciente, o chamado enxerto autógeno, ser de bancos de ossos, ou ainda ser sintético. O enxerto autógeno é o mais aceito pelo nosso corpo, e sua única desvantagem é que o paciente necessita passar por mais de uma cirurgia: uma para retirada desse osso, e a segunda para colocação na região do futuro implante dentário. Já os ossos de banco ou o sintéticos não necessitam de uma segunda cirurgia, e por isso acabam se tornando os métodos mais utilizados.
O novo osso é colocado em bloco ou em fragmentos. O enxerto em bloco é mais utilizado quando a perda é muito grande e é preciso devolver grande espessura óssea. O enxerto em fragmentos é utilizado com a intenção de estimular o próprio organismo do paciente a produzir um novo osso.
Quando o enxerto for menor, como nos casos em que o novo osso é removido da região do queixo, ou ramo da mandíbula do próprio paciente, por exemplo, a cirurgia pode ser feita no consultório com o uso de anestesia local. Em casos de enxertos grandes ou maiores, como quando se remove novo osso da crista ilíaca (osso da bacia), deve ser feita em um hospital e com anestesia geral. Quem define e orienta o paciente sobre o tipo de cirurgia é o implantodontista com sua equipe.
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